CRISE POLÍTICO-MILITAR NA ARGENTINA VOLTA A SE AGRAVAR

Sinopse/Enredo

A crise político-militar na Argentina, que parecia ter sido solucionada com a designação do general Juan Antonio Loza para o cargo de Ministro da Guerra, em substituição ao general Raul Poggi, voltou a agravar-se em face da atitude da marinha que exigiu do presidente José María Guido atitude mais rigorosa para com os peronistas. Enquanto isso, o congresso argentino, embora tentando várias fórmulas, não conseguia encontrar uma solução que possibilitasse à nação sua volta definitiva ao regime de paz e tranquilidade. As duas grandes facções do Partido Radical - os "Intransigentes" e os "Radicais Populares" - opunham-se às exigências dos militares no sentido de que as eleições de 18 de março fossem anuladas e, assim, se impedisse a posse de peronistas e comunistas. De sexta para sábado, a Argentina esteve à beira de uma guerra civil, quando o exército se dividiu em consequência da designação do general Rauch para substituir Raul Poggi na pasta da guerra. As tropas chegaram a tomar posição de combate e o perigo só foi afastado quando o presidente Guido nomeou um "tercius", o general Loza, para o posto. No momento, era a Marinha que dificultava a solução da crise, exigindo, por parte do governo, a adoção da "linha dura" para com os peronistas. (Baseado em RE19620423)