ARTURO FRONDIZI É DEPOSTO EM BUENOS AIRES

Sinopse/Enredo

Em cerimônia realizada na Casa Rosada, em Buenos Aires, o presidente do Senado argentino, José Maria Guido, foi empossado no cargo de presidente da república, tendo prestado juramento ante os chefes das forças armadas, altos funcionários do governo e o presidente do Supremo Tribunal Federal. No momento em que o senador Guido assinava o termo de posse, alguém gritou "Viva Frondizi!", o que suscitou aplausos de algumas pessoas. Arturo Frondizi, que no dia anterior foi deposto do poder por um golpe militar, demonstrou, durante a crise argentina, ser um homem que não desiste. Durante os quatro anos que permaneceu no poder, Frondizi esteve em inúmeras situações difíceis. A última, porém, acabou por vencê-lo, apesar da resistência oposta àqueles que exigiam sua renúncia. Entre esses, estava o general Pedro Aramburu, que chefiou o governo provisório da Argentina após a deposição do ditador Perón, em 1955. Após a eleição de Frondizi para substituí-lo, Aramburu cumprimentou o então novo presidente e desejou-lhe êxito, embora muitos de seus colegas de farda suspeitassem do eleito, porque ele havia vencido as eleições com apoio dos correligionários de Juan Domingo Perón. Frondizi, de início, manifestou-se contra os investimentos estrangeiros e apoiou outras posições ultranacionalistas aprovadas também pelos peronistas. Durante a campanha eleitoral, chegou a prometer aos adeptos de Perón que sua situação política seria legalizada. Não demorou muito, porém, e o novo presidente alterou seus pontos de vista a respeito da política econômica. Quando visitou o presidente Kennedy, na Flórida, Frondizi conquistou a reputação de um estadista de grande visão e autêntico líder da América Latina. Contando com a ferrenha oposição dos peronistas, Frondizi lhes permitiu participarem do último pleito, sem esperar que seus adversários pudessem alcançar vitória. Dela, resultou a crise que culminou com sua deposição. (Baseada em RE19620330)